sábado, 7 de maio de 2016

PERDIDO NA MATA

21/03/16


Perdi-me na mata e começou a chover. Por sorte encontrei uma cabana que me acolheu. Lá eu jantei e sequei minha roupa. No dia seguinte, de manhãzinha, o Sr. João levou-me à cidade, no seu cavalo. Eu nunca havia montado antes um cavalo! Foi difícil!

Esse casal, o Sr. João e a dona Francisca, entraram em minha vida de modo maravilhoso e oportuno. Tudo neles era perfeito: a alimentação deliciosa, magnífica, apesar de simples e pobre.

A conversação deles era profunda e orientadora. Eu tinha meus 36 anos de idade (faz tempo!) e isso me fez muito bem. Nunca mais pude voltar àquele bosque, nunca mais os vi, mas fiquei marcado pelas poucas horas que com eles convivi.

Ontem foi Domingo de Ramos. Naquele tempo, o mundo estava, como eu, perdido, sem saída, e aí apareceu Jesus Cristo, Deus feito homem, que precisava viver como nós em tudo, menos o pecado. Jesus nunca agiu em proveito próprio, ou seja, viveu plenamente os limites humanos, sem deixar de ser Deus.

No meio do nada, o mundo conheceu Jesus. Alguns o acolheram, outros, ainda não. Quem não o aceita continua “perdido na mata” como aconteceu comigo. Quem o aceita, encontra a saída, a liberdade, a salvação, como foi o meu caso, em que encontrei aquele tão bondoso casal.

Aos que ainda estão “perdidos na mata”, eu aconselho a buscar Deus com pequenas orações multiplicadas durante o dia, do tipo “Jesus eu vos amo”, “ Jesus me ajude”, “Jesus me perdoe”, “Maria, me leve a Jesus”. Também a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria várias vezes por dia.

Depois, faça uma lista do que você faz e peça a um(a) amigo(a) para ajudá-lo (a) a decidir o que é necessário, nocivo, útil, supérfluo naquela lista.

Se você tiver algum problema interno que não entende, procure a ajuda de um(a) psicólogo(a). Se for alcoólatra, procure o AA. Se é dependente químico, o NA ou grupos que cuidam disso.


Tudo isso eu encontrei naquela tarde maravilhosa em que me perdi na mata e encontrei o casal mais importante de minha vida, o Sr. João e a D. Francisca. Você também pode encontrar pessoas amigas que o(a) ajudem, mas é necessário muita humildade para acolhermos as ideias alheias. Muitos se consideram auto suficientes e nunca buscam ajuda. Nós precisamos uns dos outros e, sobretudo, da graça santificante de Deus. 

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