sábado, 7 de maio de 2016

DEVASTAÇÃO DA NATUREZA

 10/03/16


Amós 5,24: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O tema da Campanha da Fraternidade deste ano (2016) é: Casa comum, nossa responsabilidade, e é ecumênica (participação de várias denominações religiosas).

Conversamos em grupo sobre esse assunto, agora há pouco, e comentamos quanto desperdício promovemos no nosso dia a dia. Quanta água desperdiçada quando, por exemplo, muitos escovam os  os dentes, ou cortam a barba, enquanto no Nordeste muitos até chegam a morrer de sede!

 Conversamos sobre o que poderíamos fazer para sanar esse problema mas, a não ser pessoalmente, em nossos hábitos, nada mais conseguimos, e na conscientização dos amigos e pessoas que convivem conosco.
Escrevi uma poesia sobre esse assunto. É assim:

A DEVASTAÇÃO DA NATUREZA
Poetas, não-poetas,
todos concordam:
Mundo veloz,
mais atraente,
mas sem beleza,
sem natureza,
sem a singeleza
com que foi criado.


Flores vertem cicuta,
nada vale a labuta
dos trabalhadores,
pobres operários.


Homens se trucidam,
muitos se suicidam,
morrem em vão.
O mar vira aquarela,
a natureza, antes bela,
nunca se recuperarão.


Peixes sem rumo,
sem oxigênio,
morrem a céu aberto.
Na Amazônia, logo logo
veremos sua última árvore,
sem muito alarde,
ser destruída
por um simples raio
dando nome a um novo deserto:
o Deserto Amazônico!


Foi Deus que o mandou?
Não sei.
Mas se Ele eu fosse,
Nunca sequer nos criaria.

Quando Deus criou o mundo tinha consciência de que haveria problemas a resolver, como secas, frio ou calor intenso, parasitas, vírus etc.

Ele se daria a nós como uma árvore da vida, onde poderíamos buscar auxílio para todas as imperfeições. Seu auxílio às imperfeições seria algo constante e ininterrupto.

Entretanto, o ser humano fez pouco caso da Árvore da Vida e comeu o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, ou seja, o livre-arbítrio, o estar independente de Deus. Deu no que deu: só contamos com a sabedoria humana (que nesse assunto foi burrice humana) para resolver os problemas.

Mas Deus ainda nos ajuda, se lhe pedirmos: “pedi e se vos dará”. Precisamos contar sempre com Deus em nossa vida, pois “Sem Deus a criatura se reduz a nada”, diz a Gaudium et Spes 36. Os problemas do mundo são muitos, e sofremos muito se vivermos longe dele.

O que faz a pessoa relutar tanto contra Deus? Por que é assim tão difícil acreditar em sua mensagem, dada a nós por Jesus Cristo? O que nos faz tendermos tanto ao materialismo? Nossa vida é uma luta constante e renhida entre corpo e alma, material e espiritual, santo e profano...

Estamos imersos no profano, e as coisas santas tornam-se não coisas normais, mas exceções. Se quisermos abraça-las, temos que fazer violência contra nós mesmos. “Ainda não derramastes sangue na luta contra o pecado”! (Hebreus 12,4).

Quantas pregações nós já ouvimos? Mas quantas nós seguimos de verdade? De quantos retiros já participamos? Eu mesmo, de uns 70, no mínimo! E eu pergunto: nós já nos tornamos santos? Se tivéssemos seguido as palavras desses retiros, já o seríamos.

Às vezes eu me pergunto se nós realmente acreditamos que a Igreja fala a verdade quando nos mostra, com Jesus, o caminho da salvação. O céu existe, Deus existe, o inferno é uma realidade, a salvação que Cristo nos trouxe é uma realidade e, o mais precioso conhecimento que temos, a MISERICÓRDIA DIVINA é uma realidade. Muitas vezes, infelizmente, trocamos a felicidade eterna por... um prato de lentilhas, como Esaú o fez!

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