sábado, 7 de maio de 2016

A CONVIVÊNCIA


- 19/03/16


Estou meditando sobre a convivência humana. Como é difícil! Encontros e desencontros, fases difíceis, clima às vezes agradável, às vezes não.

O que leva alguém a ir contra outro por preconceito e orgulho? Ocorreu com um meu amigo, evangélico, que foi perseguido por um ateu porque reunia um grupo de evangélicos num alojamento de construção no meio do nada. Sua atitude, após noites de crises e angústias, foi confiar-se plenamente em Deus e deixar que sua Santíssima vontade se fizesse, fosse qual fosse o resultado. Afinal, quando se crê em Deus, não se tem medo, afirma São Carlos de Foucauld.

O resultado é que de repente o ateu resolveu deixar o emprego e voltar para casa, e o meu amigo ficou lá até o final da obra, e ainda mantém contato com os que se reuniam com ele.

Uma irmã da Consolata disse, certa vez, que na convivência, vence quem conseguir calar a boca numa discussão e só depois, um ou dois dias, ir conversar sobre o assunto com o (a) oponente. Ela viveu por 70 anos em comunidade e sabe o que está falando!

As pessoas que se implicam com tudo e com todos parecem que têm o “demo” no coração! Só estão felizes se os outros brigarem ou se desentenderem.

Em caso de desavenças, é preciso confiar plenamente em Deus, orar muito e confiar em sua Providência divina. Ele sabe o que é melhor para nós e, se estamos a fim de fazer a sua vontade, pouco nos importará o resultado, desde que continuemos fiéis a Ele e ao seu Reino.

A convivência depende muito, portanto, de fazermos agora e sempre a vontade de Deus na simplicidade, na paciência, na humildade, confiando que estamos no caminho certo e despojarmo-nos de qualquer orgulho e individualismo. Deus sabe muito mais do que nós do que precisamos (Efésios 3,20) e tem o poder de dar-nos isso.

O individualismo pode ser “medido” nas coisas do dia a dia, como estas:

1- Onde moram só homens, deixar a tampa do vaso do banheiro abaixada (ela deve ser deixada levantada).

2- Deixar a luz acesa, demorar-se no banho, na escovação dos dentes e ao fazer a barba, deixar a água escorrendo.

3- Deixar o chão sujo com migalhas de pão ou outros alimentos.

4- Comer de boca aberta (arghhhh!)

5- Usar o mesmo pente, não lavar pequenas louças, como as xícaras de café ou os copos.

6- Pegar alimentação de modo exagerado e deixar restos no prato, e pegar tanto que deixa pouco para os demais.

7- Ser exigente demais na comida.

8- Comer o miolo da melancia, e deixar o resto para os outros.

9- Não pôr a mão no nariz e na boca ao tossir ou respirar.

10- Escarrar e assoar o nariz no chão.

11- Jogar a comida fora quando chega bêbado em casa. Esta última pode ser consertada, talvez, de dois modos: 1º- Deixe a comida onde foi jogada até que o cara sare da bebedeira e mostrar o estrago a ele quando estiver sóbrio; 2º- Fazer comida suficiente para os demais que comem antes, só deixando o suficiente para o bêbado, quando ele chegar. Mesmo assim, se ele jogar, fazer como no 1º caso. Sei de casos em que o marido bêbado jogou a panela toda no chão.

Ademais, insista para que o alcoólatra procure o AA e reze muito. Esse tipo de caso só se resolve com a oração.

Analise-se diariamente para ver se você cometeu algum ato individualista no dia que passou!

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