sábado, 7 de maio de 2016

A FLOR, OS NOSSOS FRUTOS


- 06/04/16-


Eu vi hoje algumas flores de vários tipos, e veio-me à mente que elas não têm consciência da própria beleza nem do seu perfume.
Embelezam e perfumam sem saber disso. Como as plantas são misteriosas! Onde está o seu centro “nevrálgico”? Onde estão armazenados os dados de suas características? Como sabem a época de florescer, de dar frutos, sementes? Como algumas chegaram ao sistema tão prático de se alastrarem, como aquelas que expelem sementinhas com algodão que flutuam no vento?

É claro que a crença em Deus como Criador e mantenedor do mundo e da natureza facilita nossa compreensão. Entretanto, sabemos que as flores e plantas têm uma vida própria, e tudo do que precisam para sobreviver está em alguma parte dela, que eu não sei onde.

Comparei conosco. Nós sabemos de onde vêm os nossos pensamentos, ações, reações, mas muitas vezes não tomamos conhecimento da boa ou da má irradiação que exercemos sobre os outros.

Os humildes não se dão conta do bem que fazem aos outros. Às vezes alguém lhes fala sobre isso, mas eles desconversam e não acreditam!

A graça de Deus nem sempre é percebida pela pessoa que a reflete. Muito do bem que fazemos nunca dele ficamos sabendo.

Infelizmente, o mesmo ocorre com o mal. Nós, muitas vezes, não percebemos as barbaridades que fizemos por meio do nosso comportamento.

Carlos de Foucauld acreditava muito na irradiação de nosso cristianismo às demais pessoas ao redor, e dizia que devemos não só proclamar o evangelho com as palavras, mas gritá-lo com a vida.

Pregar o evangelho com a própria vida é justamente promover essa “irradiação” positiva de que quase não tomamos conhecimento.

Eu fiquei sabendo, nestes últimos anos, por exemplo, de resultados positivos de coisas que fiz ou falei há 30 anos. Coisas esquecidas por mim, mas captadas e praticadas por outras pessoas.

Isso é cativante e estimulante! Passamos a tomar mais cuidado com o que falamos e fazemos, sabendo que isso pode causar boas ou más impressões.

Eu penso que, se formos humildes, poderemos procurar saber quais as reações negativas que nossas palavras e atos causaram nos nossos circunvizinhos e ouvintes.

Ao tomarmos conhecimento, queimarmos o que é nocivo e alimentarmos o que é útil.

Jesus contou a parábola do joio e do trigo. Em vez de dizermos: “ Eu sou o trigo e você é o joio”, digamos sempre: “ eu e você somos, ao mesmo tampo, joio e trigo; rezemos um pelo outro para nos tornarmos mais trigo que joio”!

Sei que essa atitude nos trará muita paz!

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