(16/06/2012)
Havia uma freira que tinha um papagaio que só
falava palavrões, xingando-a e lhe ofendendo. Mesmo sabendo que o bichinho era
irracional, ela se preocupava muito com isso, pois a envergonhara várias vezes
diante dos outros.
Certo dia, numa reunião com o bispo do local, que
também possuía um papagaio, soube que ele sabia a Missa toda de cor, e
constatou ela própria essa maravilha, ao ouvi-lo pessoalmente.
Ficou muito interessada nisso, e pediu ao Sr. Bispo
se poderia deixar por algum tempo a sua ave na casa dele, para que aprendesse
pelo menos alguma parte da missa e não mais falasse palavrões. Ele aceitou o
pedido da Irmã e assim foi feito. Alguns meses depois a freira resolveu ir
buscar o papagaio na casa do Sr. Bispo. Chegando lá, entrou e, ao pegar o
bichinho, ele a xingou com todo o repertório de palavrões de sempre. Ela ficou
desanimada e triste. Entretanto, seu ânimo piorou quando, mal seu papagaio havia
falado os palavrões, desejando-lhe todas as coisas más e indesejáveis, o
papagaio do Sr. Bispo, conhecedor que era da missa toda, gritou da cozinha: “Senhor,
escutai a nossa prece!”
Eu uso muito essa historinha para mostrar que
precisamos ter cuidado com nossas orações, pois às vezes elas desejam vinganças
e coisas más para as pessoas.
Há salmos, por exemplo, que nunca devem ser
rezados, ou pelo menos que se pule aquelas partes maldosas.
Quer um exemplo? O salmo 137 (136), embora seja
muito bonito, a ponto de merecer uma música que na língua inglesa transcrevia
quase o salmo todo (em português a Perla cantou uma versão horrível, que nada
tinha a ver com o original ): “By the rivers of Babylon”, embora bonito, termina
tragicamente, com palavras que NUNCA deverão ser rezadas: “Feliz quem agarrar e
esmagar teus nenês contra a rocha!” (v. 9).
É claro que essa parte não foi inspirada por Deus.
No saltério da liturgia das horas, esse e certos versículos de outros salmos
são omitidos.
É, minha gente! É bom rezar, mas com muito cuidado!
A vingança e o desejo de que os outros se danem não são coisas que agradam a
Deus!
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