26/12/15
Carlos, último ano de
História, estava escrevendo um livro sobre os destinos da terra se continuarmos
a viver como estamos vivendo. Na biblioteca da faculdade, onde estava
pesquisando, cochilou e deixou cair no chão sua caneta.
Um senhor de seus 50 anos
ergueu sua caneta e a colocou na mesinha, o que o fez acordar. Ambos trocaram
algumas palavras sobre o que estavam ali fazendo, e o senhor quis mostrar ao
Carlos algo interessante. Ambos se dirigiram a um salão redondo, tipo
planetário, com uma cúpula branca enorme, mas o senhor esquecera seus óculos
sobre a mesinha junto a qual haviam conversado.
O senhor fez projetar nas
paredes e no teto da sala as consequências do mau uso que fazemos da natureza.
Uma das consequências estava ligada ao Zica vírus, que deixou mais da metade da
população do planeta sem inteligência suficiente para pesquisas científicas, e
isso ocasionou a paralisação de muitos projetos científicos e mesmo a
inutilização de muitas invenções atuais, devido à ausência de uso, por falta de
quem soubesse utilizá-las. Universidades fechadas, museus, lugares de
conhecimento científico como os laboratórios etc.
O Nordeste havia se
tornado um deserto saariano, por falta de ideias estratégicas de como
recuperá-lo. A Amazônia continuou, mais do que nunca, a ser devastada, e também
se tornava um deserto.
A religião se tornara
idolátrica, como antes de Abraão, e o verdadeiro Deus deixara de ser conhecido
e amado. Coisas tomaram lugar dele na mente das pessoas.
Em seguida, o senhor lhe
mostrou um mundo diferente, conseguido se tomarmos providências atualmente: em
primeiro lugar, a busca mais sincera e total de Deus, como Criador, Salvador e
nosso “sócio” na reconstrução do mundo.
Nessa versão, as pessoas,
mesmo os cientistas, procuravam a inspiração divina e sua ajuda na busca das
soluções para o mundo. Era para ter sido assim, se Adão e Eva não pecassem,
pois o mundo como foi criado é a única versão possível, como diz Spinoza, e
inclui muitos pontos negativos, só resolvidos com a ajuda de quem criou tudo, o
próprio Deus. O homem não quis unir-se a
Deus e deu no que deu.
O Zica vírus, e outros vírus
que apareceram, foram vencidos pela união dos cientistas e pesquisadores em
descobrir as soluções. Não havia mais o individualismo e o desejo de poder que
há atualmente na busca das curas, dos antídotos, das vacinas, das drogas
eficazes contra as doenças.
Os políticos se
conscientizaram de que devem parar de roubar e fazer tudo para melhorar a
condição de vida da população. O presidente da República deixou de agir
individualmente e passou a trabalhar também com as ideias da oposição quando a
solução deles era melhor do que a do governo. Isso engrandeceu muito o Brasil e
tantos outros países que usavam essa estratégia.
Como a religião passou a
ser levada a sério, a população prisional caiu barbaramente, e as prisões
passaram a ser como eram antes, ou seja, apenas para que alguns bêbados ou “nervosinhos”
passassem a noite, antes de irem para casa, e coisas bobas desse tipo. Os
agentes penitenciários passaram a trabalhar como polícia civil, bombeiros, e
funções humanitárias desse tipo.
O Nordeste foi tratado
com uma tecnologia avançada, feita com a colaboração das indústrias, e
procedimentos como a dessalinização da água do mar ocasionaram plantações
diversas, como atualmente se faz no Egito, que tão bem recupera partes do
deserto para a agricultura, e tornou-se um verdadeiro paraíso.
A Amazônia deixou de ser “violentada”
e houve um reflorestamento das partes afetadas, e o uso mais racional do espaço
disponível, e tornou-se um imenso parque nacional de preservação ambiental.
O deserto do Saara foi
assumido pela ONU e tornou-se também um parque florestal, com água em
abundância, árvores, e as cidades que ali surgiram eram muito procuradas, por
manterem um nível de vida saudável e em contato com a natureza.
De modo geral, o clima da
terra voltou ao normal e as temperaturas caíram um pouco, não havendo mais as
catástrofes devidas ao calor fora do comum que temos atualmente, nem as
nevascas, furacões e tempestades destrutivas.
Após ter mostrado tudo
isso, Carlos viu-se novamente na biblioteca e o senhor que lhe mostrara essas
coisas sumira. Assustado, viu os óculos que ele deixara sobre a mesa, pegou-o e
foi até a tal sala redonda. No lugar dela havia apenas um pequeno jardim. Aí
ele não entendeu nada. Se sonhara tudo aquilo, de onde viera os óculos?
Sentou-se novamente e
desenvolveu todo esse tema em seu livro. Meses depois publicou-o, foi um
sucesso em vendas e proporcionou muitas mudanças no destino da humanidade.
Carlos passou a viver dando palestras e orientações e tantos quantos pediam,
principalmente nos Congressos e Universidades.
Se ignorarmos o Criador
do mundo ao tentarmos cuidar dele, não teremos êxito! A ganância, o
individualismo, a miséria, a violência, o roubo, os assassinatos e toda essa
atitude destrutiva do homem continuará e nosso futuro realmente será trágico.
Em que mundo nossos bisnetos viverão?
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