terça-feira, 30 de julho de 2013

POESIAS –PESSOAS, CONTATOS, TRABALHOS 10

 

VALSA ETERNA

 10/04/16

C-269

Eu me lembro dançar esta valsa

na alegria dos tempos de outrora;

deslizávamos qual uma balsa,

no salão, quase até a linda aurora.

 

Amizade tão pura e sincera

como nunca no agora, eu vivia!

Nossa vida era só primavera,

nosso inverno, eu nem pressentia!

 

Os cabelos grisalhos de agora

vêm dos anos que a vida nos deu!

A magia fugiu, foi embora,

nosso sonho de então, já morreu!

 

Fim de vida, só resta a esperança

de encontrarmos no céu a alegria!

Viveremos pra sempre a festança,

uma valsa de eterna magia!


SEGUNDAS QUADRINHAS

18/04/16

C-271

Pessoas bocejando,

carros quase parando,

mormaço,

inchaço,

enjoo estomacal,

abuso do sonrizal,

que segunda feira braba!

 

Nas entrelinhas de tua carta

percebi tristeza imensa!

Não te impeço que tu partas!

Minha dor, oh! Como é intensa!

 

Busquei na tua vida a amizade,

sinceramente e com alegria.

Nunca imaginei que tua maldade

superasse em muito tua magia!

 

Minha mãe dizia sim,

o meu pai dizia não,

até que eu soube, enfim,

que eram coisas do coração!

 

Que a paz que sinto agora,

nesta tarde de tanta graça

se estenda mundo afora,

que a maldade se desfaça!

 

Teus desejos de vingança

vão te causar tristeza!

A bondade sempre alcança

alegria, muita beleza!

 

Sempre ouço os passarinhos

me acordar de manhãzinha.

Não têm o que fazer esses bichinhos?

Como “barulham” esses pestinhas!

 

Um, dois, três, quatro,

hoje não chego aos cinco!

Vou rasgar o teu retrato,

pra acabar tudo o que sinto!

 

Que florzinha bonitinha!

Da natureza, é o encanto!

Mas prefiro uma frutinha,

que como sem conquanto!

 

10ª

O amor é como a luz

que entra de mansinho!

Nos alegra e nos seduz,

com calor e com carinho!



TERCEIRAS QUADRINHAS

15/06/16

C-281

Sem o teu amor

eu me sinto sozinho!

Sem o teu calor,

perco o meu caminho!

 

Bem me quer, mal me quer,

o final não me importa!

Dê no que der,

sempre estarei à tua porta!

 

Olhando ao horizonte

eu vejo o sol se pôr...

Olhando-te defronte,

eu perco a minha cor!

 

 

Sinto-me arrepiar

quando eu te vejo assim!

Porém, vivo a cantar,

quando estás longe de mim!

 

O sino bate: Blim, blóm!

A missa vai começar!

O carro me chama: fóm-fóm!

Mas na cama eu quero ficar!

 

O riacho que corre,

no rio vai desaguar!

O santo, quando morre,

ao paraíso vai chegar!

 

Tudo passa nesta vida,

passa a dor, passa a alegria,

mas na pessoa ressentida,

nunca passa a agonia!

 

O sorriso do palhaço

encantou a multidão;

ninguém viu cair em seu regaço

as lágrimas da solidão!

 

Ouço o murmúrio suave

do regato entrando na mata!

Faz-me lembrar do entrave

de tua mentira insensata!

 

10ª

Ave, Maria santíssima,

Mãe, tão cheia de graça!

A ti rogo, Mãe boníssima,

que toda a maldade se desfaça!

 

MUNDO ATUAL

03/08/16

C-296

Mundo atual... suas incertezas 

levam à pane nossos corações!

Já não se sabe quem é bom ou mau,

busca-se sempre as fortes emoções!

 

Eu tenho pena dos que estão nascendo,

eles não sabem o que vão encontrar!

Os baluartes do amor estão morrendo,

logo não saberão o que é amar!

 

Uma renúncia eu peço a todos,

de todo o mal, do prazer pelo prazer!

Longe de nós os sutis engodos,

Ser sempre fiel a Deus, até morrer!

 

LUCIANO

06/08/16

C-300

O riso fácil e abundante

sempre mostra alegria!

Às vezes esconde o semblante

de quem vive na agonia.

 

Luciano, meu aluno, sempre rindo,

por todos e por todas era amado.

Esportista, sempre indo, sempre vindo,

ninguém jamais o vira angustiado.

 

Certo dia, noite de formatura,

todos já tinham ido embora.

Ao fechar o salão, noite escura,

ele me esperava lá fora.

 

Voz embargada, soluçava,

desabafou-me seus sentimentos.

Era infeliz, a todos enganava,

em seu bolso, um revólver cinzento.

 

Era despedida. Queria matar-se,

o mundo já não mais o atraía.

Nada mais o faria calar-se,

falou tudo quanto podia.

 

Irmã prostituta, pai alcoólatra,

família difícil, desintegrada!

Animei-o, chamei-o de “risólatra”,

a arma no rio foi jogada.

 

Seu riso deixou de ser fingido,

embora menos abundante.

Casou-se, continuou desinibido.

Como nossa conversa foi importante!

 

De tudo isso aprendi a lição:

aprender a ouvir, mais do que falar.

Ninguém vê o nosso coração,

a ninguém jamais podemos julgar!



JOVEM!

21/08/16

C-303

Jovem, que esperas da vida?

Onde puseste teu coração?

Em que força buscas guarida?

A quem consideras irmão?

 

Da internet se avassala a febre,

o dinheiro canta mais alto...

A futilidade corre como lebre,

seja na cidade, seja no asfalto!

 

O amor virou consórcio,

a família, dizem que “já era”!

“Conserta-se” com o divórcio

problemas de qualquer esfera

 

A natureza é devastada,

a mídia, como um deus impera.

Quanto tempo durará ainda

a frágil vida nesta terra?

 

Lideranças detestáveis

sugam jovens de roldão...

As virtudes, tão instáveis,

 foram banidas do coração!

 

Jovem que estás me ouvindo,

desfaça-te da leviandade!

Com teu coração se abrindo,

reveste-te da santidade!

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