A VELA E O SOL
24/07/15
C-199
Na cela do claustro, sem vela,
tu usas a luz do sol,
que entra pela janela,
iluminando qual farol!
Jesus, na Eucaristia,
é o verdadeiro sol iluminado,
adorado dia a dia,
nunca fica abandonado.
O sol é uma das velas,
a outra é o teu amor!
Não derrete como aquelas,
que seja eterno o teu louvor!
Teu claustro se irradia,
sempre te sentes bem!
A paz, o amor, a alegria,
da Eucaristia provêm!
Muitos nem tomam consciência
do tesouro que ali se encontra
Passam toda a existência
buscando o faz-de-conta!
A presença viva de Jesus
traz alegria, muita paz,
alivia a dor da cruz,
tua força ele refaz!
PALAVRAS MUDAS
(24/07/15)
C-200
Tuas lides, tuas lutas,
com que enfrentas o inimigo,
teus empenhos e labutas
para dar ao pobre abrigo,
se transformam em oração!
São palavras mudas de amor
que sobem, qual incenso,
ao paraíso do Senhor,
como um clamor intenso
que provém do coração!
A resposta imediata,
é a paz de todo o teu ser.
A resposta que demora,
sempre tão grata,
vai contemplar teu querer,
é a que pediste de coração.
As palavras mudas, gestos de amor,
se unem às ditas em louvor!
MEU COLEGA DE INFÂNCIA
(28/08/15)
C-207
Como as férias numa estância,
minha vida já passou.
Relembro a minha infância,
quase nada me restou!
Um colega afamado
no jornal apareceu!
Por todos invejado,
mas no domingo... morreu!
Na foto, envelhecido,
o sorriso ainda matreiro,
com que conquistava, envaidecido,
a sociedade e o bairro inteiro.
No passar das gerações,
como a vida é ilusória!
O que vai nos corações?
O bem? O mal? A luta inglória?
Das ilusões afastado
quero deixar todo o mal!
Com o coração confortado
busco a paz celestial!
Meu colega já passou,
e minha velhice é real!
Dele apenas me restou...
uma foto no jornal!
SR. JOSÉ BENEDITO
(26/09/15)
C-214
Como eu amo esse velhinho,
estudado e compreensivo!
Trata a todos com carinho,
e sempre fica apreensivo
com os fora do caminho!
Divergimos opiniões,
como todo ser humano,
mas os nossos corações
amam, sem desengano,
sem outras concessões,
o mesmo Deus magnânimo!
Sinto a vida renascer
quando vejo esse velhinho
no domingo, ao amanhecer,
cruzando o meu caminho!
É como conhecer
uma rosa sem espinhos!
ESTRADA VAZIA
18/10/15-
C-218
Estrada vazia, sol escaldante,
árvores inertes, nenhum vento...
Meus passos incertos, titubeantes,
cansado, faminto, sedento!
Ao longe, um casebre se avistava!
distante de tudo, mas perto da estrada.
Apressei os meus passos,
e me aproximava
de um homem barbudo, apoiado na enxada...
Cheguei à sua frente, pedi de beber,
sua esposa atendeu-me, com toda atenção.
Entrei em sua casa e deu-me a comer
café com torradas, uma boa porção.
Saciado e contente, boa acolhida,
repus meu boné, voltei ao caminho.
Pudera tivesse, na estrada da vida,
casais como este, com tanto carinho!
AMIGO QUE VAI...
19/11/15-
C-231
Amigo que vai,
tristeza que vem;
meu ser se retrai,
fiquei sem ninguém
Contemplo o sacrário
confidencio a Jesus,
marco um horário,
pra pensar em sua cruz.
Falo da amizade
falo da alegria
que trazem saudade
mas sem melancolia.
Jesus, único amor,
que nunca nos deixa!
Ele é Deus e Senhor
e nos ouve as queixas!
Sozinho eu não fico
e nem hei de ficar!
Jesus está comigo,
presente no altar!
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