quinta-feira, 30 de maio de 2013

POESIAS - NATUREZA 04

 

FLORES TRISTES

12/02/14

D-71

Flores brotaram

no jardim de minha vida.

Eram tristes e choravam

as esperanças perdidas.

Até que vi canteiros,

 alheios,

sem nenhuma flor,

sem nenhum amor,

sem nenhum odor,

apenas espinhos!

Oh, minhas flores queridas!

Sois as alegrias de minha vida!

 

DOMINGO

  23/02/14 

D-80

Flores singelas,

brancas e amarelas,

chinelos nos pés,

camiseta branca,

bermuda fofa,

sorriso nos lábios...

 

As flores, já no vaso,

enfeitam a sala,

churrasco cheiroso,

sorriso apetitoso,

conversas esparsas,

 música variada,

tudo jeitoso,

não falta nada.

 

As flores do vaso,

muito bonitas,

também estão sorrindo,

são a imagem daquela gente,

divertida e contente,

no almoço de domingo!

As flores são como aquela gente!

 

No final da tarde, coitadas,

ao se verem murchando,

percebem, irritadas,

que não têm mais raízes,

elas lhes foram cortadas!

...são como aquela gente!

]



SIMPLICIDADE

24/02/14

D-81

Quero ser tão simples

como a natureza tão bela,

sem riquezas vis,

sem mazelas,

caminhar sem me preocupar

a que horas vou chegar...

 

A sociedade estressante,

da riqueza amante,

é escrava do ter,

do querer ser

o que se não é!

 

Tudo se valida, tudo se justifica,

em busca do prazer,

do dinheiro e do poder.

 

A vida simples, sem rebusques,

se resume em ter fé,

em querer ser apenas o que se é!

 

 

NA BEIRA DA ESTRADA

02/03/14

D-86

A flor na beira da estrada

esnobava seu esplendor,

a quem passasse em caminhada.

 

 Certo dia, coitada,

esbanjando paz e amor,

foi friamente esmagada,

pelas rodas de um trator!

 

O SOL

 16/03/14

D-89

Sol quente, inclemente,

e eu aqui, todo suado,

continuo minha viagem

à solidão abandonado...

 

Parei para um sorvete

e depois uma garapa gelada,

que gelou a minha estrada.

 

 Os quilômetros passavam,

o calor retornou.

Parei numa cachoeira

e a aguinha, ligeira,

meu corpo esfriou...

 

Cheguei.

O calor continuava,

me irritava,

bati à sua porta.

 Você me atendeu e me olhou.

O calor, até então intenso,

por inteiro passou!

Pois um simples olhar seu

me gelou!

 

O INVERNO

  27/04/2014

D-100

O vento frio de outono

sopra de leve minhas faces,

trazendo-me o anúncio esperado

do inverno que se aproxima acelerado.

 

O que penso me dá arrepios:

Há pobres que morrerão de frio,

nas esquinas perdidas do mundo,

nos becos escuros e imundos.

 

Abrigado na minha manta,

a minha tristeza é tanta,

que não mais consigo pensar.

Largo caneta e papel,

Pego meu terço envelhecido,

e rezo por esse povo esquecido!

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