segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A TEIA DE ARANHA

Quando eu trabalhei como jardineiro, limpava sempre a cadeira onde estava uma bela teia de aranha, mas no dia seguinte a teia estava refeita! Que perseverança! Se nós tivéssemos a constância dessa aranha, já seríamos santos!

A grande diferença entre nós e a aranha é que ela sempre refará a teia do mesmo jeito, mas nós poderemos refazer os nossos atos, a nossa vida, de modo diferente. Se repetirmos os mesmos erros, o resultado será sempre negativo. A perseverança é o caminho da vitória. O desânimo é o caminho da derrota. Mas precisamos perseverar no bem! Diz Santo Agostinho: “É melhor andar mancando no caminho certo do que correr no caminho errado”.

No Apocalipse temos a promessa de vários “prêmios” para quem lutar e perseverar até o fim. Confira no Apocalipse 2, 7.11.17.26; 3, 5.12. 21.

Nossos desânimos, às vezes, têm por causa o fato de não conseguirmos atingir os nossos objetivos em curto prazo, ou porque colocamos esses objetivos numa altura superior a nossas forças, ou ainda porque somos perfeccionistas em nossas ações.

A humildade e a confiança são as bases da perseverança e do progresso em nossa santidade. Em 2a Cor 4,16-18 vemos que “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o homem exterior vá caminhando para a ruína, contudo, o nosso homem interior se renova dia a dia”.

Na Bíblia vemos alguns profetas desanimando, mas logo se restabelecendo: Elias: 1a Reis 19,3-9. Elias foi reanimado por um anjo que lhe trouxe pão e água. Jeremias 20, 7-18: brigou com Deus, mas ao querer desistir sentia o amor de Deus como um fogo a percorrer-lhe os ossos. Moisés em Êxodo 34, 8 chama o povo de Deus de “povo de cabeça dura”, de tanto cair e levantar-se. Outras “injeções” de ânimo contra o desânimo: Lc 8,15: a perseverança da semente; Rom 2,6-7: perseverança na prática do bem; Ef 6,18: rezar sem cansaço, incessantemente; Mt 10,22: perseverar até o fim para ser salvo; Tg 1,25: perseverar na prática do bem, para sermos felizes.


Usemos, portanto, nossos “tombos” para sabermos onde estão os obstáculos e, assim, podermos vencê-los, ou, conforme o caso, nos desviar deles. “Perseverai na oração, na vigilância e em ação de graças” (Colos 4,2). Um ato inteligente de nossa parte é, na humildade, rever nossas atitudes, perceber nossas fraquezas e onde erramos e recomeçarmos a luta, mas desta vez sem cometermos os mesmos erros, confiando mais no apoio e no consolo de Deus!

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