Todos
nós somos chamados à santidade: “Sede
perfeitos, como vosso Pai que está nos Céus é perfeito” (Mt 5,48); “Sede santos, porque eu sou santo” (Lev
20,7 e 1a Pd 1,16).
O
fato de que somos todos pecadores não significa que tenhamos pecado. Somos
pecadores na teoria, no sentido de que, se não vigiarmos, poderemos cair em
pecado. Não somos pecadores na prática, necessariamente. Se Deus nos convidou à
santidade e à perfeição, isso significa que a perfeição é possível!
O
meio para atendermos a essa vocação para a santidade está na vocação particular
que Deus dá a cada um de nós. Sendo assim, podemos nos santificar tanto no
sacerdócio como no laicato, no casamento como no celibato. Dentro do estilo de
vida escolhido, podemos ainda escolher qual será nossa profissão. Praticando-a
honestamente, poderemos ser santos.
Eis
algumas das grandes vocações da bíblia: Sam 3,10: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”; Isaías 6,8: “Eis-me aqui, Senhor, enviai-me!”; Jer
1,5 e 20,7: “Antes que fosses formado no
seio de tua mãe, eu já te chamei para ser meu profeta”; Elias:1a Reis 17,2-5;
19,8-15; Eliseu: 2a Reis 2,9; Maria: Lucas 1,38; Apóstolos (Mt 10,1-5); São
Paulo (Atos 9,1-18), e muitos outros. Todas as vocações estão baseadas no amor,
na misericórdia, no desapego dos bens terrenos e na gratuidade (não querer nada
em troca).
No
Evangelho, Jesus chamou várias pessoas a segui-lo, e enviou 72 discípulos a
pregarem o Evangelho, dois a dois, na simplicidade e na pobreza (Lucas
10,1-12). Há, no entanto, três grandes vocações, no Novo Testamento, que quase
englobam as demais:
1)
A do jovem rico (Lucas 19,22-23):
vocação para ser apóstolo. Pobreza radical;
2)
A de Zaqueu (Lucas 19,1-10): leigo
engajado. Pobreza moderada;
3)
A do Geraseno (Lucas 8,38-39): única
vez em que Jesus manda alguém dizer a todos o que Ele lhe fez. Nas outras vezes
Jesus proíbe que se fale alguma coisa. Para o Geraseno, Jesus não exige nenhuma
renúncia dos bens. Talvez porque o rapaz já fosse pobre.
O
que não podemos fazer é tomarmos a vocação do jovem rico, por exemplo, e
ficarmos nos lamentando porque temos família e não podemos renunciar a tudo.
Cada um deve descobrir sua própria vocação e pô-la em prática. Deus nos
ajudará. Seja qual for sua vocação, Jesus nos dá, A TODOS, uma ordem: a de
AMARMO-NOS UNS AOS OUTROS. Veja em João 13, 34, João 15,17, 1a João 4,20, 1a
João 3,14. Esse amor deve ser o mesmo que Jesus tem pelo Pai, e o Pai por nós
(João 17,11; João 17,26 e João 13,34).
“As coisas
impossíveis para os homens, são possíveis para Deus” (Lc 18,27; Mt
17,20 e 19)
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