segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

EIS-ME AQUI, SENHOR!


Todos nós somos chamados à santidade: “Sede perfeitos, como vosso Pai que está nos Céus é perfeito” (Mt 5,48); “Sede santos, porque eu sou santo” (Lev 20,7 e 1a Pd 1,16).

O fato de que somos todos pecadores não significa que tenhamos pecado. Somos pecadores na teoria, no sentido de que, se não vigiarmos, poderemos cair em pecado. Não somos pecadores na prática, necessariamente. Se Deus nos convidou à santidade e à perfeição, isso significa que a perfeição é possível!

O meio para atendermos a essa vocação para a santidade está na vocação particular que Deus dá a cada um de nós. Sendo assim, podemos nos santificar tanto no sacerdócio como no laicato, no casamento como no celibato. Dentro do estilo de vida escolhido, podemos ainda escolher qual será nossa profissão. Praticando-a honestamente, poderemos ser santos.

Eis algumas das grandes vocações da bíblia: Sam 3,10: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”; Isaías 6,8: “Eis-me aqui, Senhor, enviai-me!”; Jer 1,5 e 20,7: “Antes que fosses formado no seio de tua mãe, eu já te chamei para ser meu profeta”; Elias:1a Reis 17,2-5; 19,8-15; Eliseu: 2a Reis 2,9; Maria: Lucas 1,38; Apóstolos (Mt 10,1-5); São Paulo (Atos 9,1-18), e muitos outros. Todas as vocações estão baseadas no amor, na misericórdia, no desapego dos bens terrenos e na gratuidade (não querer nada em troca).

No Evangelho, Jesus chamou várias pessoas a segui-lo, e enviou 72 discípulos a pregarem o Evangelho, dois a dois, na simplicidade e na pobreza (Lucas 10,1-12). Há, no entanto, três grandes vocações, no Novo Testamento, que quase englobam as demais:

1) A do jovem rico (Lucas 19,22-23): vocação para ser apóstolo. Pobreza radical;

2) A de Zaqueu (Lucas 19,1-10): leigo engajado. Pobreza moderada;

3) A do Geraseno (Lucas 8,38-39): única vez em que Jesus manda alguém dizer a todos o que Ele lhe fez. Nas outras vezes Jesus proíbe que se fale alguma coisa. Para o Geraseno, Jesus não exige nenhuma renúncia dos bens. Talvez porque o rapaz já fosse pobre.

O que não podemos fazer é tomarmos a vocação do jovem rico, por exemplo, e ficarmos nos lamentando porque temos família e não podemos renunciar a tudo. Cada um deve descobrir sua própria vocação e pô-la em prática. Deus nos ajudará. Seja qual for sua vocação, Jesus nos dá, A TODOS, uma ordem: a de AMARMO-NOS UNS AOS OUTROS. Veja em João 13, 34, João 15,17, 1a João 4,20, 1a João 3,14. Esse amor deve ser o mesmo que Jesus tem pelo Pai, e o Pai por nós (João 17,11; João 17,26 e João 13,34).


“As coisas impossíveis para os homens, são possíveis para Deus” (Lc 18,27; Mt 17,20 e 19)

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