quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

POESIAS - PEQUENOS SALMOS 04

 

A MISERICÓRDIA DIVINA

(18/02/15)

H-157

Vossa misericórdia, Senhor,

é infinita!

Plenifica de amor

minha alma aflita!

Perfuma-a com suave odor

e a torna bendita!

 

Vossa misericórdia, meu Deus,

se oferece ao mundo todo,

a cristãos, não cristãos e ateus,

e a todos os que vivem no lodo,

como o próprio Jesus o prometeu.

 

 

Vossa misericórdia, Jesus,

selada com vosso sangue bendito,

no alto da tão triste cruz,

é dada a todo o aflito,

a quem busca vossa luz!

 

Ela, porém, tem um preço:

que deixemos a vaidade,

o orgulho, o auto apreço,

abracemos a humildade

e seja, o nosso adereço,

a mais sincera caridade!

 

OBRIGADO, SENHOR!

(09/04/15)

H-171

Obrigado, Senhor,

por esta tarde gostosa,

plena do vosso amor,

sem muita prosa,

mas muita poesia!

 

Muito obrigado, Senhor,

por todo este dia,

sem muito sol, nem calor,

pela brisa gostosamente fria!

 

Só estou pensando no agora,

no que vejo aqui presente,

em nada do que está fora,

em nada do que está ausente!

E o céu se mostra lindo!

 

Vosso amor por nós, eterno,

vosso perdão infindo,

vosso coração paterno,

mas, sem estar mentindo,

digo que é também materno!

 

Os problemas se desfazem,

as lágrimas cessam,

as esperanças se refazem,

e, mesmo os que pecam,

abrigo em vós encontram!

 

Nada mais me importa

quando estou assim!

Quanto me conforta

o vosso amor por mim!

 

Nesta linda tarde,

quero vos dizer,

sem muito alarde:

em vós quero viver!

 

DE PROFUNDIS

(15/04/15

H-174

“De profundis clamavi a te, Dómine!”

“Das profundezas do abismo

clamei a vós, Senhor!”

 

Do abismo do meu nada

vislumbro a vossa onipotência,

imploro a vossa clemência,

minha alma está perturbada!

 

São muitos os males que vejo,

lágrimas tantas derramadas,

tantas esperanças pisadas,

e eu, sem nada poder fazer,

sinto-me carregando um peso!

 

“Nada te perturbe”, diz Sta. Teresa,

mas não posso. Como ficar inerte,

sem nada que me desperte,

como se tudo fosse certeza?

 

Tudo me perturba! O mal,

os vícios desenfreados,

dinheiro e poder idolatrados,

o mundo tornando-se infernal!

 

“De profundis clamavi a te, Dómine!”

Eu imploro o vosso auxílio,

livrai-nos de nossa burrice!

 

NESTA MANHÃ, SENHOR!

(07/05/15)

H-182

Nesta manhã, Senhor,

quero iniciar contigo

um dia cheio de amor,

tu és o meu grande amigo!

 

Nesta manhã, Senhor,

quero ser teu grande fã,

amar-te com fervor,

levar uma vida sã!

 

Nesta manhã, Senhor,

quero ter muitos amigos,

amar a todos com “calor”,

amar até os inimigos!

 

Nesta manhã, Senhor,

quero o sol na minha face,

sentir o perfume da flor,

ver da paz o desenlace!

 

Nesta manhã, Senhor,

faço sincera oração:

Dai-me na mente o candor,

abre o meu coração!

 

Nesta manhã, Senhor,

encho-me de alegria,

dou uma de cantor,

e canto a ti e à Maria!

 

MAIS UMA VEZ, SENHOR!

(20/06/15)

H-192

Mais uma vez, Senhor,

estou aqui presente,

buscando vosso amor,

amor onipotente,

sois a própria misericórdia!

 

O sacrário me fascina,

aí estais escondido,

na humildade que me ensina,

no Pão, trigo moído,

fonte de toda concórdia!

 

Ó momento tão sublime!

Que hora abençoada!

Sois o Deus que me redime,

sou vossa criatura amada,

eu vos deixo me amar!

 

A paz me envolve e acalma,

a dor é superada!

Sinto a harmonia na alma,

do mal preservado,

convosco sempre quero estar!

 

CONTEMPLAÇÃO

(25/06/15)

H-195

Meus olhos vos buscam, Senhor,

mas não vos encontram.

Minh' alma, plena de amor,

voa até o vosso infinito,

mostro-vos o meu coração contrito,

que também não vos encontra,

mas sente o vosso calor,

plenifica-se, convosco se defronta!

 

Tudo se enche de luz,

mesmo a mais negra cruz,

tudo se enche de flores!

Encontro-me convosco, Jesus,

e o perfume com os mais finos odores

me encanta,

me levanta,

me seduz!

 

Todo o meu ser se perfuma,

fico leve como a pluma,

e, como diz o Apóstolo (2Cor2,12)

também passo a perfumar,

torno-me o vosso perfume,

caminho buscando o cume

de uma vida exemplar!

 

Volto da contemplação

a este insípido lugar,

miserável e sem “unção”,

mas encho o meu coração

de esperança salutar,

e buscarei sempre amar,

tanto o vosso Coração,

como a todos com que me encontrar.

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