quarta-feira, 20 de abril de 2016

UM ASPECTO DA ORAÇÃO DE JESUS

18/01/14 – 

Nós adoramos a Deus que, embora presente em nós, é completamente outro e não se confunde conosco.
Carlos de Foucauld diz, numa meditação de novembro de 1897, quando vivia na cabana junto ao muro das clarissas de Nazaré, sobre a vida oculta de Jesus: “A tua alma humana prolongava esta contemplação durante as noites, como durante todos os momentos do dia se unia à tua divindade... como a tua vida foi um contínuo difundir-se em Deus, um contínuo olhar a Deus; contemplação contínua de Deus, em todos os instantes!”

1-        A adoração, a contemplação, a adoração silenciosa, sem palavras;

2-        Ação de graças, em 1º lugar pela glória de Deus, porque Deus é Deus; em 2º lugar, pelas graças concedidas na terra a todas as criaturas;

3-        Súplica de perdão por todos os pecados cometidos contra Deus, de perdão por todos os que não o pedem;

4-        Um pedido da glória de Deus, para que Ele seja louvado por todas as criaturas e para que as graças se espalhem, que todos se libertem do mal.

A alma humana de Jesus se unia à sua divindade. Eis o que me chamou a atenção! Era a submissão, nele mesmo, do homem pleno, a Deus pleno! A união perfeita do homem a Deus, já que ele é 100% homem e 100% Deus!

Santo Agostinho tem um texto muito bonito que é lido num dos Ofício das Leituras do ano, em que ele pergunta: ”O que aquele ser humano que recebeu em si a encarnação do Filho de Deus fez para merecer isso? Nada, absolutamente nada!”.

A adoração feita por Jesus levava-o à plenitude divina. Nenhum átomo sequer de seu corpo humano, nenhuma parte de sua alma humana estava em desacordo com a vontade divina, que estava nele mesmo, enquanto Deus.

Isso me leva a meditar muito em como eu faço a minha adoração! Preciso fazer com que todo o meu ser se coloque à disposição de Deus, sem que nenhuma parte de mim esteja em desacordo com a vontade divina!

Isso exige uma confiança ilimitada e irrestrita a Deus, para que ele seja tudo em todos, como diz S. Paulo Apóstolo.


E quando Deus for tudo em todos, diz Santo Agostinho, não haverá mais desejos, porque Deus é a única coisa que alguém pode desejar!

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