04/01/14-
Os que desejam um mundo
uniforme, sem diferenças, estão correndo por um caminho que não levará a nada,
correndo mesmo o risco de ser um caminho que levará à lutas, guerras, mortes e
sofrimentos.
Quer exemplos? Alexandre, o Grande, Hitler, os imperadores
romanos, os líderes comunistas da Rússia do século 20...
Uniformidade não é o mesmo
que unidade.
O povo judeu buscou a
uniformidade com a utilização de 613 leis e normas de conduta, mas isso não os
levou a uma unidade perfeita.
A Igreja Católica se deu
mal cada vez que buscou a uniformidade na liturgia e em alguns outros campos.
Graças a Deus esse erro foi conhecido e corrigido. O Concílio Vaticano 2º
procurou limpar o caminho e permitiu as adaptações necessárias.
O que devemos buscar é uma
unidade, mas na pluralidade. O exemplo melhor para isso é o corpo: vive numa um
idade incrível, dentro de uma pluralidade de funções: os pés não fazem o mesmo
que as mãos, o estômago trabalha diferentemente que o coração, mas todos,
estando saudáveis, fazem o corpo funcionar como um bom relógio suíço.
Desejar a unidade não é
desejar que sejamos iguais, mas que busquemos trabalhar de modo unido no amor,
cada um com sua capacidade, aptidão, conhecimento, vocação.
Os pais que tratam os
filhos “todos de modo igual”, estão sendo injustos para com eles, pois cada um,
mesmo gêmeo, é cada um, todos somos diferentes e agimos de modo diferente.
Para que sejamos justos,
temos que tratar os outros com muito amor, paciência, carinho, misericórdia,
de forma diferenciada, cada um com sua particularidade.
“Unidos na pluralidade” é
o lema de quem ama realmente o próximo e se desarma no relacionamento, a fim de
que os ouros possam mostrar suas qualidades. O relacionamento contrário seria
querer sempre impor as próprias condições, para conseguir uma uniformidade de
“vaquinhas de presépio”, de pessoas que obedecem caladas para que aquele que
manda possa satisfazer seus desejos íntimos de dominar e fazer os demais de
súditos (eu queria escrever aqui “de idiotas”).
Jesus nos convida à unidade, de modo que cada um contribua com o que tem de melhor, a fim de que o corpo místico da Igreja possa funcionar do modo como ele a planejou.
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