Quando nasci eu era uma vela enorme, nova, forte, chama viva e iluminadora. Agora, aos 71 anos de idade, sou uma vela quase no final, com manchas, frágil, chama fraca e quase não ilumino nada.
Numa festa paramos no tempo e no espaço. Deixamos de lado o nosso dia a dia, não levamos conosco os nossos problemas. É um oásis no nosso deserto. O passado é lembrado apenas nas conversas e nas piadinhas e quase não se fala no futuro.
Os que desejam um mundo
uniforme, sem diferenças, estão correndo por um caminho que não levará a nada,
correndo mesmo o risco de ser um caminho que levará à lutas, guerras, mortes e
sofrimentos.
A antipatia com que
tratamos algumas pessoas, ou o interesse individualista com o qual delas nos
aproximamos, torna-nos cegos às suas qualidades e pontos positivos.
Sempre me intrigou o fato
da conversão de santos como Santo Agostinho e Carlos de Foucauld, que
antes viviam de modo sensual e contrários ao que o cristianismo pregava.
Estando sozinho lendo um livro de Augusto Cury (Nunca desista de seus sonhos), fiquei boquiaberto com o magnífico texto do autor à página 43, que fala da perspicácia de Jesus ao reestruturar as mentes e as vidas de seus apóstolos. Nessa página ele fala do amor tão profundo que Jesus sentia por todos, inclusive por Judas, que o traiu.