segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

OS PORÕES DA HUMANIDADE

A humanidade é constituída de muitos tipos de pessoas. Há pessoas que buscam a santidade, sejam cristãos ou não, e pessoas que vivem achando que só vão viver esta vida, ou seja, que tudo acaba com a morte.

Muitas dessas últimas criticam o modo santo de se viver e vivem uma vida que nem sempre agrada a Deus. A honestidade conjugal é ridicularizada, ao mesmo tempo em que o adultério e a prostituição são enaltecidos. O considerado “normal” é levar vantagem em tudo, mesmo de modo desonesto e injusto. Cometem crimes e abominações. É um tipo de "porão" da humanidade, mas que na verdade está à tona.


Muitas pessoas conseguem usar máscaras, de modo que os que convivem com elas as acham pessoas comuns, boas, sérias, honestas, sinceras. Quanta hipocrisia!

A Eucaristia é uma “eterna” desconhecida, completamente ignorada, mesmo por muitos católicos que vivem nesses ambientes. Que pena! É justamente Jesus Eucarístico que nos dá a força para passarmos por tudo isso sem nos contaminarmos. Jesus se fez alimento para nos fortalecer. Pela oração e pela comunhão, podemos vencer qualquer obstáculo.

A sociedade impiedosa é que obriga essas pessoas a usarem máscaras, pois não tem misericórdia nem compaixão. As pessoas têm medo do que são e do que as demais vão pensar delas. Já as que não seguem nenhuma religião, vivem num “ateísmo prático” e até nem usam máscaras. Falam abertamente as asneiras que fazem e até se orgulham disso! Não distinguem senso moral ou ético das barbaridades que fazem ou dizem que fazem; não distinguem o pecado da virtude. A única comparação que fazem é a do que dá prazer e o que não dá prazer. As virtudes são simplesmente ridicularizadas e descartadas.

Muitos mostram um pouco de religiosidade, mas não é muito verdadeira: usam algumas atitudes para as outras pessoas pensarem que eles seguem o cristianismo, mas sua prática é pior que as dos pagãos dos tempos bíblicos.

Jesus nos deixou as orientações para acessarmos a riqueza do mundo invisível: o amor, a vigilância, a oração, a renúncia de tudo o que não é Deus. O bom exemplo é muito importante nesse processo, pois anima os mais fracos.

Sobretudo, lembro-lhes que não existem pessoas mais fracas e pessoas mais fortes: todos somos fracos! O que torna uma pessoa vencedora e forte é a vigilância e a oração. É Jesus quem nos fortalece para a luta. Quando nos convertemos de uma vida pecaminosa do passado, não é necessário ficarmos dizendo isso a todos. Sejamos simplesmente uma criatura renovada, disposta a recomeçar sempre, mesmo com os “tombos”, nunca ficar estatelada no chão da vida. Continuemos sempre a caminho do paraíso! Se cairmos, levantemo-nos de novo!

Embora vivamos todos no mesmo planeta, quem vive em busca do Senhor está num mundo diferente dos que não o procuram. Foi São João que ouviu isso de Jesus: “Vós não sois do mundo, apesar de estarem no mundo” (João 15,19).

Mesmo quando nos sentimos isolados por não encontrarmos quem pense como nós, ou seja, a busca de uma vida de acordo com o evangelho, não nos aborreçamos! Deus estará sempre conosco, e é isso que importa.

Numa festa de Corpus Christi, que é feriado, eu meditava: “Afinal, quem entende realmente essa festa? Como eu poderia lhes explicar que aqueles desenhos todos que as pessoas fazem nas ruas não foram feitos para o bispo ou o padre passarem, mas sim para Jesus Eucarístico, que está nas mãos do padre ou do bispo que presidem a procissão, em forma de hóstia. O valor não está no ostensório dourado que o padre segura, mas na hóstia consagrada que está no ostensório.

A Eucaristia, a Hóstia Consagrada, não é um símbolo de Jesus, não está representando Jesus, mas é o próprio Jesus em Corpo, Sangue, Alma e divindade! E o padre que a consagrou fez isso validamente porque foi ordenado por um bispo, que foi ordenado por outro, e por outro, e por outro, até chegar nos Apóstolos, que por sua vez foram ordenados por Jesus. A isso se chama “Sucessão Apostólica”, que pode ser lida neste blog.

Nos “porões” da humanidade, muitos irmãos nossos vivem uma vida falsa, ilusória, massacrante, em que os vícios são idolatrados, fazem uma certa “concorrência” com o Deus verdadeiro, esse Deus tão misericordioso, que está sempre pronto para nos perdoar e “atirar nossos pecados no mais profundo do mar”, como diz Miqueias 7,19.

Tanto eu como vocês, vamos abrir a porta de nosso coração para Jesus (Apocalipse 3,20) e deixá-lo agir em nós, a fim de que percebamos a alegria que estamos perdendo quando não buscamos o perdão de Deus e uma vida mais de acordo com o Evangelho!

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