quarta-feira, 14 de março de 2018

SOMOS A CARTA DE CRISTO



Diz o trecho de 2 Cor 3,3:


"Não há dúvida de que vós sois uma carta de Cristo, redigida por nosso ministério e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, em vossos corações."
Qual é o alcance dessa frase: “Ser uma carta de Cristo”? Eu ouvi uma homilia sobre isso pela primeira vez nos anos 70, pelo administrador apostólico da região Leste II, São Paulo, Francisco Massant. Impressionou a todos, pois quase nunca prestamos atenção a esses “detalhes” da pregação de S. Paulo Apóstolo.

Ser carta de Cristo implica em muita responsabilidade de nossa parte: vida íntegra, sem desânimo, reerguer-se sempre quando pecar, confiar sempre e totalmente na Graça de Deus, amar a todos, partilhar com os mais necessitados, estar sempre à disposição para praticar a caridade, seja ela material ou espiritual, praticar a própria religião, ou seja, se for católico, ir sempre à Missa, participar efetivamente dela e não apenas estar de “corpo presente” como em Missas de defunto, participar de algum grupo comunitário etc.

Para conseguir tudo isso, ou seja, para ser uma verdadeira carta de Cristo, devemos amar a oração e dedicarmos a ela uma boa parte de nosso dia. Sem a oração, diz o bispo emérito Dom Angélico Sândalo Bernardino, nós viramos bichos. Dizia um padre de minha infância, o Pe. Antônio Maffei, que quem não reza para dormir nem levantar-se, “deita burro e levanta cavalo”.


É isso aí. Sermos cartas de Cristo para o mundo todo, mas principalmente para as pessoas que nos rodeiam. E se passarmos uma parte de nossa vida como “carta devolvida”, vamos tomar novo fôlego, confessarmo-nos, retomar nossa vida, perdoarmo-nos, e estarmos certos de que Deus sempre perdoa a quem pede perdão e nos concede nova chance de sermos santos. E ele nos reenviará como cartas autênticas dele.

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