sexta-feira, 21 de abril de 2017

ILUSÃO E REALIDADE

03/02/16

Neste mundo vivemos entre a ilusão e a realidade. O perigo é vivermos a ilusão e descartarmos a realidade!
A primeira realidade que vejo é que vamos viver um número limitado de anos aqui na terra. A ilusão é acharmos que isto tudo é a realidade e que não existe uma vida após esta. Então, o que a pessoa faz é buscar desesperadamente ser “feliz” nesta vida, a qualquer custo. Exemplo: essas pessoas que roubaram a mais não poder, no governo e na sociedade. Todos vão morrer algum dia e deixar aqui tudo o que roubaram. O que vão apresentar a Deus? Diz São Francisco de Assis que nós só vamos levar para o céu que partilhamos, o que damos. O que recebemos, vai ficar por aqui. Uma camisa que você doa, você vai levar esse mérito para lá. Uma camisa que você ganha, vai com você no caixão ou vai ficar por aqui mesmo. 

Uma das ilusões é justamente a riqueza. Ela atrai e pode perverter. Se a riqueza fosse uma realidade em relação à felicidade, Jesus nasceria numa família rica. Ele mostrou que uma vida simples, sem muitas coisas, como a que ele viveu, é a realidade que nos salva e nos satisfaz.

Se riqueza trouxesse felicidade, os ricos não cometeriam suicídio. Não é isso que vemos! Quantos ricos se mataram com remédios e drogas, ou mesmo tirando a própria vida! Quantos pobres cometem suicídio? Garanto que o número é bem menor do que o dos ricos!

Jesus não nos pede para viver na miséria. Ele propõe uma vida simples, sem muitas necessidades, sem muitas ilusões.

Outra realidade que vejo é a caridade, a misericórdia. Não importa o que ou como as pessoas vivem. Nós vamos ajudá-las a serem felizes. Isto é a realidade, que nos levará à realidade maior, o céu. Mas não nos esqueçamos de mostrar a elas a vida mais de acordo com o evangelho. Caso contrário, a ajuda material não terá muito sentido. Dar o pão material, mas sem esquecer o espiritual. Mais do que “dar o pão”, deixar aquela família em condições de poder comprar o pão diário. É o que os vicentinos, por exemplo, procuram fazer: promover as pessoas. 

Em todas as nossas atividades, mesmo na igreja, temos de ver o que é ilusão e o que é realidade. Por exemplo: ir à missa dominical sem se preocupar com uma vida santa durante a semana, não é realidade; é ilusão. 

O criminoso que reza antes de cometer o crime, ou faz um sinal da cruz, estaria vivendo uma realidade?

O torcedor que faz promessa para seu time ganhar, será que Deus torce por aquele time? Se o torcedor do outro time também estiver rezando, quem Deus ajudaria? Veja que ilusão tremenda é esse tipo de oração! Você até poderia rezar, talvez, para que não aconteça nenhum acidente, nenhuma briga... isso seria realidade.

Ir à Aparecida uma vez por ano e nem ligar para a religião no restante do ano, isso é ilusão ou realidade?

Aprendamos a distinguir em tudo o que é pura ilusão e o que é realidade. A vida vai ser bem melhor, mesmo que um pouco mais sofrida. A propósito, quer ver um exemplo de ilusão do dia a dia? Se você me mostra o dedo indicador, isso é uma realidade. Entretanto, se você o agita horizontalmente, eu vejo vários dedos num só, e isso é ilusão!

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