terça-feira, 9 de outubro de 2018

STA CATARINA DE GÊNOVA E O PURGATÓRIO


http://santossanctorum.blogspot.com/2017/05/santa-catarina-de-genova-padroeira-das.html

A REALIDADE DO PURGATÓRIO


15/09/2018 

Muito se fala sobre o purgatório e pessoas santas que teriam recebido revelações particulares sobre ele. A santa que se celebra hoje (15/09), Santa Catarina de Gênova é uma dessas pessoas. 

Ela escreveu duas obras: “Diálogo entre a alma e o corpo” e o “tratado sobre o Purgatório”. Um ótimo comentário sobre essas obras pode ser obtido no site do Vaticano: CLIQUE AQUI

O que eu quero dizer nesta página é que não nos deveria interessar muito COMO é o purgatório, mas que ele existe, é um lugar de purificação, e é necessário para quem não morre em santidade. Precisamos nos confessar dos pecados cometidos e pedir a Deus que nos dê a graça do arrependimento sincero, e o desligamento total deles. Ao mesmo tempo, precisamos orar e fazer penitência para que nos purifiquemos da “sujeira” que o pecado causa à nossa alma. 

As penitências podem ser simples, mas sinceras. Aproveitemos as coisas desagradáveis que nos ocorrem durante o dia para isso, e procuremos mortificar nosso paladar, nossa vista, nossa mente. Sobretudo, podemos fazer penitência no trato diário com as pessoas: sofrer desaforos sem perder a paciência, ajudar em alguma coisa, aprender a ouvir mais do que a falar, estar sempre à disposição para assuntos sérios, não falar palavrões, não ver novelas de televisão... Às 4as. e 6as. feiras, por exemplo, tomar um banho frio, ou pelo menos deixar a água apenas morna, deixar alguma alimentação de que se gosta (ou mesmo fazer jejum a pão e água) deixar os doces e as bebidas (de álcool e os refrigerantes) e assim por diante. Isso ajuda a nos purificar.

Diz o Apocalipse 21,27: “Coisa algum imunda entrará na Cidade Celeste”. Isto implica que não haverá possibilidade alguma de se entrar impuro no céu. Se não estivermos realmente purificados de nossos pecados, teremos que passar pelo purgatório. 

Nas visões dos santos e ultimamente dos videntes de N. Senhora em Medjugorje, o purgatório possui níveis diferentes de intensidade: o mais rigoroso, o médio e o mais leve, dos que estão quase purificados. 

O famoso fogo do purgatório não é tanto físico como interno, como a dor que sentimos quando nos arrependemos de nossos pecados. É um fogo que não mata, que não destrói, mas que purifica e nos renova, até que estejamos realmente puros para entrarmos no céu.

Santa Catarina de Gênova diz que é preciso nos desvincularmos e nos desapegarmos dos pecados que cometemos e mesmo os que já estão perdoados. Enquanto não houver esse desligamento total nosso das ofensas cometidas, não estaremos aptos para entrarmos no céu. A própria pessoa se sente distante de Deus, sofre por não ter correspondido de modo perfeito ao amor de Deus e à sua santa vontade. É o amor de Deus que se torna como uma chama de amor que purifica a pessoa das feridas que o pecado causara. 

Ela mesma teve um período de pecados em sua vida e experimentou uma dor profunda durante sua conversão. Leiam o comentário que o site do Vaticano faz sobre esse assunto: 

“A conversão teve início a 20 de Março de 1473, graças a uma experiência singular. Tendo ido à igreja de são Bento e ao mosteiro de Nossa Senhora das Graças para se confessar, ajoelhou-se diante do sacerdote e «recebeu — como ela mesma escreve — uma chaga no coração, de um imenso amor de Deus», com uma visão tão clarividente das suas misérias e dos seus defeitos e, ao mesmo tempo, da bondade de Deus, que quase desmaiou. Foi tocada no coração por este conhecimento de si mesma, da vida vazia que ela levava e da bondade de Deus”. 

“Desta experiência derivou a decisão que orientou toda a sua vida, expressa com estas palavras: «Basta com o mundo e com os pecados» (cf. Vida admirável, 3rv). Então Catarina fugiu, suspendendo a Confissão. Voltou para casa, entrou no quarto mais escondido e chorou prolongadamente. Naquele momento, foi instruída interiormente sobre a oração e adquiriu a consciência do imenso amor de Deus por ela, pecadora, uma experiência espiritual que não conseguia expressar com palavras” (cf. Vida admirável, 4r). 

“Foi nessa ocasião que lhe apareceu Jesus sofredor que carregava a cruz, como é frequentemente representado na iconografia da santa. Poucos dias depois, foi ter com o sacerdote para finalmente realizar uma boa Confissão. Aqui teve início aquela «vida de purificação» que, durante muito tempo, lhe fez sentir uma dor constante pelos pecados cometidos e que a impeliu a impor-se penitências e sacrifícios para demonstrar o seu amor a Deus. Neste caminho, Catarina foi-se aproximando cada vez mais do Senhor, até entrar naquela que é denominada «vida unitiva», ou seja, uma relação de profunda união com Deus”

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