quinta-feira, 23 de junho de 2022

A VIRGEM MARIA


MÃE DE DEUS: Maria é a Mãe de Deus, pois a humanidade de Jesus veio de Maria. Ela foi escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, Jesus Cristo. Essas duas verdades podemos ler em Lucas 1,43: “E donde me vem a graça de ser visitada pela mãe de meu Senhor?” 

Não há como entender isso de modo diferente, pois essa palavra “Senhor”, em grego, é Kyrios, que se refere a Jesus glorioso, ressuscitado, plenamente Deus e plenamente homem. Não podemos separar a humanidade da divindade de Jesus. Se Maria é mãe dele, se ele é Deus, então Maria é a mãe de Deus aqui na terra. Não há por onde fugir dessa verdade.

IMACULADA CONCEIÇÃO: é o fato de Maria ter sido concebida sem o pecado original. Nós recebemos essa graça no nosso Batismo. Maria a recebeu em sua concepção. Em Lourdes ela revelou a Santa Bernardete que ela realmente foi concebida sem o pecado original. 

ASSUNTA AO CÉU: Maria foi assunta, foi levada ao céu de corpo e alma após sua morte. Essa sua assunção é a antecipação da ressurreição de todos nós. Na Bíblia há apenas a assunção de Henoc e de Elias (veja em Gênesis 5,22-24; Hb 11,5; 2ª Reis 2,11), mas provavelmente isso não aconteceu. O autor sagrado simplesmente anotou tradições orais encontradas na época, que por sua vez, visavam proteger os restos mortais desses dois profetas.

MARIA NÃO TEVE OUTROS FILHOS: Jesus é o único Filho de Maria. Ela foi virgem a vida toda. Jesus era seu filho único. A maior prova disso está em João 19,25-27, em que Jesus pede que João (Apóstolo) tome conta de sua mãe e diz para Maria que fosse morar com ele. 

Ora, se Maria tivesse outros filhos, Jesus não teria nenhuma necessidade de pedir isso a João, pois haveria seus irmãos para dela cuidarem. Todos eram obrigados a seguir essa norma: A viúva tinha que morar e ser atendida pelos filhos. Se Jesus era o único filho, então dá para entender por que ele deixou Maria aos cuidados do Apóstolo João: porque, sendo filho único, não havia nenhum irmão que o substituísse no cuidado da mãe. Essa norma pode ser vista em 1ª Timóteo 5,4; Deuteronômio 5,16 e Mateus 15,4.

Os chamados “irmãos” de Jesus são, na verdade, seus primos e parentes próximos. Em Mateus 10,2-3, por exemplo, vemos que existem dois Tiagos, um deles chamado “irmão do Senhor” (Gálatas 1,19). Ora, um deles era filho de Alfeu e o outro, de Zebedeu (confira na citação àcima de Mateus). Nenhum dos dois era filho de José! 

Há outros exemplos de como os primos e até sobrinhos eram chamados de irmãos, como em Gênesis 11,31 e cap. 13,8 (combinar os dois textos), em que Abraão chama o filho de Lot, seu sobrinho, de “irmão”. Em algumas bíblias mais modernas, mudaram o nome “irmão” para “parente”; no original, entretanto, está “irmão”. 

Na língua hebraica e aramaica não existe a palavra “primo”. Em grego, língua do novo testamento, existe, mas só foi usado uma vez, em Colossenses4,10, “Anépsios”. Nas demais vezes, a palavra usada é “adelphos”, irmão. 

OS TÍTULOS DE MARIA:- Quanto aos inúmeros títulos de Maria, é costume chamá-la por vários nomes, títulos, pois é nossa mãe, já que Jesus, seu Filho, é nosso irmão. São muitos títulos, mas uma só Maria, a Mãe de Deus. Não são pessoas diferentes, como muitas pessoas pensam. Assim, quando chamamos N. Sra. Aparecida, N. Sra. de Lourdes, de Fátima, da Salete, de Guadalupe, da Conceição, das Graças, de Loreto, da Paz, Rosa Mística, da Ponte, Auxiliadora, Mãe dos Homens, do Rosário, da Consolata, do Monte Serrat, do Carmo, etc, estamos chamando a mesma e única Maria, nossa Mãe querida. 

Maria, como não tem mancha alguma de pecado, reflete totalmente a maravilhosa graça de Deus, nesses seus inúmeros títulos: cada título de N. Sra. corresponde a um aspecto dessa graça de Deus. Diz uma frase no Santuário Nacional de Aparecida: “Peça à Mãe que o Filho atende!”. Para ser devoto de Maria, temos de atender ao pedido que ela fez nas bodas de Caná: “Fazei tudo o que ele (Jesus) disser”. 

A seguir, um belo comentário do Pe. Fernando Cardoso (ver site na lista de blogs seguidos)

1º de outubro de 2011

O profeta Baruc insiste nas acusações contra o pecado coletivo, o pecado da comunidade dos judeus. A esse respeito, desejo fazer aos leitores a seguinte observação: Nossa Senhora, nas aparições dos últimos tempos – refiro-me àquelas aprovadas pela Igreja - sempre tem insistido na penitência, na conversão e na oração pelos pecadores, pois ela é advogada dos pecadores e consoladora dos aflitos. 

Nossa Senhora é Mãe, não apenas dos justos e dos cristãos em estado de graça, mas é Mãe também daqueles que se desviaram. É Mãe dos pecadores, daqueles que nunca se recordaram dela e dos que nunca pronunciaram seu nome nem jamais recitaram uma Ave Maria. Nossa Senhora, Mãe solícita de cada pecador, percebe melhor do que ele a pobreza em que se encontra - pobreza, pois o pecado na realidade é um nada.

O animalzinho racional que somos - chamados do nada à divinização apesar dos pecados cometidos - diz a Deus: “Não! Eu não quero ser divinizado, prefiro permanecer no estado animal e, dessa maneira, cava a própria ruína. Nossa Senhora, que do alto da sua glória, como Mãe, contempla toda essa tragédia, bate às portas desses corações e, se não encontra nenhuma resposta por parte deles, bate às portas dos nossos corações. 

Tocados por Maria, queremos ir a Jesus, mas não desejamos caminhar sozinhos. Estendemos nossas mãos aos pecadores e continuamos a repetir a grande solidariedade que os uniu a Jesus. Santa Teresa do Menino Jesus, embora não estivesse entre os maiores pecadores, desejava, no final de sua vida, sentar-se à mesa com todos eles. 

Queria ir para o céu, mas não sozinha. O pecado contrário a tudo o que acabo de dizer recebe o nome de farisaísmo. É o pecado dos que rejeitam qualquer contato com os pecadores vulgares, uma vez que se julgam sem pecado, credores de Deus e superiores aos demais.

Convençamo-nos de que Jesus não veio a este mundo para redimir apenas pecadinhos sem grande estrago moral. Ele veio para todos os grandes pecadores, quaisquer que sejam suas faltas. Não há pecado, por maior que seja, que não possa ser dissolvido no detergente poderoso que é o Seu Sangue. O Filho de Deus também Se sentou à mesa em companhia de pecadores notórios e chegou a arrancar acusações fortes provindas daqueles que se julgavam sem pecado. 

Em certa ocasião, saiu em favor desses grandes pecadores, citando o Profeta Oséias:”Misericórdia Eu quero e não sacrifício.” Existem aqueles que carregam na consciência crimes nefandos, como tráfico de drogas, corrupção de menores, pornografia, prostituição, corrupção nos níveis econômicos e políticos. 

Nossos meios de comunicação os conhecem perfeitamente. De todos eles deseja Deus sinceramente a conversão, a fim de não os dever punir com a condenação eterna. Ele, hoje, os entrega às súplicas e intercessão de todos nós, para podermos tomar parte no drama de suas conversões.

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