quarta-feira, 25 de agosto de 2021

FÁCIL OU DIFÍCIL?

FÁCIL OU DIFÍCIL?

25/08/2021

Eu ganhei de um antigo amigo um livro com 380 palavras cruzadas da série “Pic nic”, da editora Escala, que é o mesmo tipo das palavras cruzadas da Coquetel. Eu só faço palavras cruzadas da Recreativa. Ali as palavras são correlacionadas, dando assim mais chance de serem descobertas. O tipo dessa Pic nic ou da Coquetel traz muitas palavras soltas, que dificultam o descobrimento.

Nesse referido livro há três níveis: fácil, médio e difícil. É aqui que entra nosso assunto. O que significa ser fácil? E ser médio? E ser difícil?

Então eu percebi que o fácil, para mim era difícil, e o difícil era fácil. No difícil eu consegui fazer quase tudo, mas no fácil não consegui fazer nem a metade.

É muito relativo essa história de fácil e difícil. Depende muito do conhecimento da pessoa. Um médico, por exemplo, que faz operações delicadíssimas, pode achar difícil assar carne. Uma dona de casa, que acha facílimo assar carne, não tem nem ideia de como se faz uma operação dessas.

Isso me levou também a meditar no fato de que nós não temos motivo algum de sermos soberbos, orgulhosos. Nos orgulhar do quê? Muitas pessoas conseguiram estudar porque os pais ganhavam o suficiente. Alguns, que conseguiram galgar o penhasco da glória, quase se mataram para ganharem um pouco de dinheiro a fim de poderem estudar. Outros nem precisam disso: têm dinheiro o suficiente para viverem toda a vida sem fazer nenhum trabalho.

Cada pessoa é sábia naquilo que aprendeu a fazer, naquilo em que viveu sua vida. Não podemos humilhar ninguém nesse sentido. Uma determinada mulher pode ser analfabeta, não saber nem distinguir o seu país de outros países, por exemplo, mas pode saber fritar um bolinho que ninguém mais consegue.


Moral da história: só Deus é perfeito. Só Ele sabe fazer tudo com perfeição. Nós somos limitados. Cada um de nós sabe fazer bem alguma coisa, e se nos unirmos na ação, tudo melhora e fica perfeito, pois cada um vai fazer aquilo que faz com perfeição. Agirmos de modo individualista só estraga o resultado, que nunca será perfeito. Se quisermos fazer bem uma coisa, contemos com a cooperação de outras pessoas. O individualismo leva à imperfeição. Nossa vocação é agir de tal modo que “Deus seja tudo em todos”, como diz S. Paulo num de seus escritos (1Coríntios 15,28).

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