quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

AMAR NÃO É GOSTAR


Há diferença entre amar e gostar. Muitas pessoas têm o verbo amar como sinônimo de sentimento, de paixão.
Na mensagem de Jesus não é assim. Amar não é sentir isto ou aquilo por alguém, mas sim resolver ajudá-lo (a), fazer tudo o que podemos para que essa pessoa viva bem e tenha condições de se salvar após a morte. 

Para Jesus, amar é tratar bem as pessoas mesmo que não gostemos delas, dando-lhes atenção ou o que precisarem. Deus ama a todos indistintamente e por isso devemos também amar a todos, sem exceção. Isso é o que diferencia os cristãos de outros tipos de pessoas: os cristãos amam não apenas os amigos, mas também os inimigos. 

Quando Jesus nos ordenou que amássemos os inimigos tinha em mente que não gostamos deles, nem eles de nós. Seria anti-humano que ele pedisse que gostássemos dos inimigos. 

Deus sempre pratica o que nos pede para fazer. Ele faz cair a chuva tanto na plantação dos bons, como na plantação dos maus. Somente Deus pode julgar as pessoas, e levar em conta se fizeram isto ou aquilo por maldade ou por ignorância. Somente Deus nos conhece bem. Nunca devemos desprezar ninguém. 

O próprio Jesus não gostava de certos tipos de pessoas: por exemplo, vivia repreendendo os fariseus. Mas amava a todos, e mandou que também nós amássemos a todos. 

Há outro problema: amar nem sempre é fazer o que o outro gosta. Se alguém é criminoso, por exemplo, precisa ser preso para não fazer mal a mais ninguém. Mas não podemos odiá-lo. Talvez se tivesse vivido uma vida melhor, familiar, de carinho e afeto, nunca tivesse cometido tal crime. Ou mesmo talvez tenha sido caluniado e preso sem ter feito o suposto crime. Há muitos casos desses. Se ele tiver fome, por exemplo, é preciso dar-lhe de comer. 

Quando o filho faz traquinagens, a mãe o repreende e até lhe dá um pequeno castigo. Ela faz isso porque o ama e quer que ele melhore. Em Hebreus 12,10, diz que Deus nos permite o sofrimento para que, purificados, possamos participar de sua santidade. É, pois, por puro amor que ele permite que soframos. Assim também são os pais quando punem com sabedoria os filhos faltosos. 

Na vida do dia a dia deparamos constantemente com esse dilema: amar ou não amar? Gostar ou não gostar? Se quisermos nos salvar, temos que amar, mesmo que não gostemos da pessoa.

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