domingo, 18 de fevereiro de 2018

SEU ANJO VENCEU!


18/02/2018
Um amigo meu me enviou este relato:

“Irmão, como o senhor sabe, eu já estou velho e várias vezes me atrapalho um pouco para fazer algumas coisas que antes fazia com facilidade.

Sou viúvo, como o senhor sabe, vivo sozinho, mas às vezes recebo visitas que querem trocar ideias comigo sobre elas mesmas ou sobre algum outro assunto, geralmente espiritual.

Ontem, sábado, após o almoço, resolvi jogar fora uns papeis velhos que há tempo eu guardo. Ou seja, dei uma limpada no meu armário de livros e cadernos. Joguei muita coisa fora, e a sala ficou toda suja de restos de papel picado e poeira. Nesse ínterim telefonou-me um casal perguntando se podia me visitar após a missa das 17 horas. Eu também ia a essa missa. Eu disse que sim, mas dei uma olhada naquela confusão que havia deixado e lembrei-me de que a mulher do casal é uma pessoa muito ordeira, e gosta de tudo em seu lugar e limpíssimo. Fiquei apavorado. Já eram quatro horas.

Parei com a minha cata de cadernos antigos e comecei a limpar a sala, pôr tudo no lugar, passar pano no chão etc. Já eram 16:30 h. Tomei banho rapidamente e aproveitei lavar o banheiro. Às 16:55 h, consegui me vestir. Naquela pressa toda, vi que ia chegar atrasado e falei para o meu Anjo da Guarda: “um a zero para o demônio! Você não conseguiu fazer com que eu não me atrasasse!”


Vesti-me, e às 17 horas peguei o lixo todo que eu havia produzido e ia sair quando o saco de lixo se abriu e aquela poeira toda, misturada com o papel picado caiu ao chão da entrada da sala. Fiquei preocupado, mas não me apavorei. Aceitei o fato de que iria chegar atrasado à missa. Lembrei-me de que o padre não achava bom quando alguém chegasse atrasado e diz que quem chegar atrasado, não comungue, porque perdeu o Ato Penitencial. Voltei-me ao meu Anjo da Guarda e lhe disse: “dois a zero para o diabo”.


Fui pegar calmamente a vassoura, a pazinha, e, ao varrer o lixo, lembrei-me de que a vassoura estava molhada: eu acabara de usá-la no banheiro. O lixo ficou todo emplastrado no chão. Desanimado, vi mesmo que só iria à missa para não cometer pecado, mas não iria comungar, e acharia um local bem no fundo para o padre não me ver. Olhei para o meu Anjo da Guarda e lhe disse: “Três a zero para o demônio”.


Finalmente consegui limpar mais ou menos o chão, coloquei o lixo num outro saquinho e saí para a missa, jogando-o no latão externo do prédio onde moro. Cheguei às 17:14h, pensando numa maneira de entrar para que o padre não me visse.


Ao entrar na igreja, para minha surpresa, o padre e os ministros estavam ainda próximos à porta, prontos para a procissão de entrada, que ainda não começara. Fiquei surpreso e envergonhado diante do meu Anjo da Guarda, que decerto estava rindo de mim naquela hora. Dei um tapinha nas costas do padre, que é muito meu amigo, e lhe disse: “Obrigado por atrasar-se”! Ele me olhou envergonhado, por estar começando a Missa atrasado, coisa que nunca fazia, e me deu uma desculpa: “Tive um casamento numa outra igreja”! Eu sorri e entrei triunfalmente na igreja, sem precisar me esconder, e pude comungar.


Logo que me ajoelhei para cumprimentar Jesus Eucarístico disse-lhe, envergonhado, mas ao mesmo tempo feliz por ter constatado a força do Anjo da Guarda:


“Senhor, agradeço-vos o ótimo dia que passei hoje e peço-vos perdão por não ter confiado no poder do meu Anjo da Guarda”. Aí eu me dirigi ao meu Anjo com essas palavras: “três a zero para você, e me perdoe. Nunca mais vou desconfiar de sua proteção”!”

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